quarta-feira, 17 de julho de 2013

Moura

























Praça de Moura encheu
 No início  de uma noite muito agradável e um cartel de luxo, prestou-se uma linda e sentida homenagem ao falecido cabo de forcados do Grupo de Forcados  Montemos (José Maria Cortes), no qual era a primeira corrida do grupo depois ao trágico acidente.
Foi colocado no lugar onde pertencia durante as cortesias, com o forcado e jaqueta que lhe pertencia, realçando que, ainda que seja um forcado e cabo fisicamente ausente, mas permanece presente espiritualmente ao comando do seu Grupo. 
O curro que foi lidado nesta noite foi Herdade de Pégoras, onde no qual cumpriu no geral na prestação, mas dando um comportamento de desigual jogo, com os dois primeiros oponentes a destacarem-se mais pela positiva, nos restantes oponentes  eram mais mansos e mais reservados. 
Quem abriu praça foi o maestro João Moura, onde esteve em plano superior , pode-se dizer que nesta noite voltamos a ter o nosso grande maestro João Moura . Andou mais lidador, preparado em preparar as suas sortes, onde ainda um ou outro ferro resulta-se mais aliviado. 
Já no seu segundo oponente, calhou-lhe mais manso e reservado, onde lhe complicou mais a sua lide. Mas João Moura teve o mérito de tentar sacar o seu oponente de tábuas, numa actuação, mais esforçada, mas onde se revelou uma maestria de quem sabe. 

Luís Rouxinol foi o segundo a mostrar o que sabe. No seu oponente que lhe calhou no seu lote mostrou bravura e arrancava-se para as montadas. Rouxinol  cravou dois compridos, quatro curtos, um ferro violino, um par e meio e um palminho, montando a sua égua Viajante, exibiu-se na bregas e nos ladeios na cara do seu oponente, ando sempre com noção dos terrenos que pisava e andava muito metido com as bancadas. O segundo oponente de Rouxinol, era mais reservado, começou a sua lide com uma sorte gaiola. Nos curtos realizou uma actuação vistosa pelas "acrobacias" do seu cavalo, não descurando a brega e as sortes. 


João Salgueiro da Costa era quem completava este grande cartel de luxo, na sua primeira lide calhou-lhe em sorte um oponente que se adiantava, sobressaiu  alguma instabilidade entre passagens, algumas vezes o oponente fora das sortes e ferros com pouco brilho.
No seu segundo oponente que por vezes foi o que encerrou a corrida na praça de Moura, calhou-lhe um manso e reservado, Salgueiro da Costa, inspirou-se. Montando no seu cavalo Zamorico ,citou de largo e partiu recto com uns ferros como se diz que mandam as regras. Ôs restantes, apesar não tão bem executados, valeram pela intenções.
Nas pegas estiveram a cargo dos Grupos de Forcados de Amadores de Montemor e  o Real Grupo de Moura.

Pelos Amadores de Montemor, pegou João Pedro Tavares ao segundo intento, depois do primeiro não se ter reunido com eficácia.
Francisco Borges, consumou ao primeiro intento, com uma grande arte de pegar touros.
João Romão Tavares, consumou ao primeiro intento, com o oponente a querer criar conflitos, mas teve braços para crescer na reunião e consumar com decisão.

Pelo Real do Grupo de Moura pegou o cabo, Valter Rico, ao primeiro intento, frete a um oponente com pata.
Cláudio Pereira pegou a sesgo ao segundo intento, com as ajudas carregadas, depois do primeiro intento o oponente ter-se reunido com o forcado com alguma violência.
Rui Ameixa consumou ao primeiro intento, depois de consentir uma batida forte com o oponente na reunião. 

E foi assim a noite na praça de touros de Moura. 



















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